O pastel, como nós conhecemos hoje, é fruto de um choque cultural entre portugueses e chineses. Em Portugal, até hoje, “pastelaria” significa “doceria”; pois, de início, os pastéis para os portugueses eram doces.Contam as histórias que os jesuítas, ao acompanhar os portugueses até o oriente, copiaram a receita dos chineses. Contudo, como acontece com toda troca de cultura, os jesuítas adaptaram a receita ao paladar deles. Preferiram usar ovos ao invés de arroz na produção da massa; já como recheio, utilizavam amêndoas.
No Brasil a “cultura do pastel” intensificou-se ainda mais com a chegada dos imigrantes chineses. Alguns historiadores afirmam até que os imigrantes japoneses, que chegaram após a II Guerra Mundial, conseguiram vencer uma certa “desconfiança” dos brasileiros (fruto da aliança formada entre alemães, italianos e japoneses) fazendo-se passar por chineses, abrindo pastelarias onde quer que estivessem. Contudo, foi agora, no final do século XX, que se deu uma grande e profunda alteração no conceito do “PASTEL”. Como acontece com toda criação humana, de tempos em tempos todo e qualquer conhecimento, dentro de uma evolução dialética, passa por várias pequenas alterações até culminar com uma grande revolução qualitativa.
